
No caminho do rio tem algo a mais - Lizaldo Vieira
Data 16/11/2011 20:36:55 | Tópico: Poemas
| No caminho do rio tem algo a mais – Lizaldo De crime Violação Aberrações Indecifráveis Não só pedra Esgoto Veneno Gato e sapato Muitas barragens Hidroelétrica Transposição Poluição Devastação Contudo Ter o rio Ver o rio É preciso Nos tempos do aquecimento global No caminho dos sete bilhões Humanos Extraterrestre Irracionais Saciar a sede De água que lava a alma É questão de vida É vital Não esqueçamos que os rios Assim como o homem Tem algo incomum Há sempre um vilarejo Uma cidadezinha Povoação Uma cidade A metrópole A rotina cotidiana Será sempre amainada Tendo o rio Lago Mesmo o riacho Em seu entorno Vida que segue Estabelecendo limites Gerações Após gerações O povo brasileiro ouviu o grito de independência Ás margens do Ipiranga Não por acaso O Rio Nilo É considerado pelos egípcios Como um presente Quando parte da população Cerca de 90% Encontra-se estabelecida em suas margens Sem esquecer que A origem da civilização egípcia deu-se Há aproximadamente 5 mil anos Em suas margens Independente de qualquer coisa Precisamos ver rio de água doce A gente não esquece as boas coisas Água bem friazinha da fonte Um bom copo d’água Na hora em a sede mais tirana bate Ninguém resiste É gostoso a esse riachinho Roncando na enxurrada Quero muito você Pertinho de casa Beleza da natureza Quero ver por mais longa jornada Jorrando água boa de beber Por tua fonte sadia Quero saciar–me da sede dessa água amazônica Rio da vida Da sustentabilidade planetária Da-mi pote d’água Tenho sede De novas civilizações Com gosto e jeito de deixar continuar O rio vivendo em seu leito Caudaloso Piscoso Largo Profundo Se embrenhando Sertão adentro Matando a sede De valente gente
|
|