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Data 14/12/2011 13:59:57 | Tópico: Poemas

que o mundo gira
golpeiam céus calados vórtices e ímans eléctricos
nesse limite que se abre ao depois só da imaginação
aquele instante, névoa e bruma da memória, passos perdidos
todos os nossos mortos reificados em luz, ecos jurássicos, cores
de infâncias, o desfecho por fim explicado, o mistério
da nossa profunda natureza, uma simples equação desenhada
sem forma, sem premissa, esse lugar e tempo,
muito além da fantasia comum de querer, a nossa eterna fantasia,
esse limbo onde a pulsação não bate,
eu não o verei.

mas a ele pertenço inteiramente,
pelo modo como o verbo me parece infantil e tribal
pelo jeito com que me obrigo imenso a esquecê-lo como origem]
e essa intransigência aguda – quase doentia –
que nasce do dom da premunição.




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