
Assombro
Data 01/01/2012 09:10:24 | Tópico: Poemas
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Estranheza que se entranha e que não se compreende Roupagens que nos arrepiam moldando os corpos Reclusão de invólucros cruéis Da sua origem bestas iludidas Desabamento neste abismo de luz e sombra Vegetando num mundo sensível como almas esquecidas
Ventania que revolve as entranhas Turbilhão em devir feito louca vertigem! Que não sacia a fome controladora de manhas Delíquio para onde se transporta a inconsciência Numa viagem inevitável e premente Ser que anseia pela jornada em iminência
Estonteamento em hibernação de emoções Isolamento de polémicas, falácias e controvérsias Afastamento de insolentes ignorantes e de suposições Manutenção do fulgor mesmo em estado de completa loucura Bloquear os sentidos à deriva famintos Num rio escarlate maligno de conjetura
Feras que se mordem em luta instintiva de sobrevivência Incisivos cravados em sangue em uivos de amotinação Extirpando a carne em pedaços de forma mordaz Pedrados autómatos tendo um espelho em contemplação Assim somos nós por debaixo da máscara da beleza subtil Separados do arquétipo em pura deturpação!
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