
[Nenhuma visão apocaliptica nascia]
Data 27/01/2012 19:44:07 | Tópico: Poemas
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… e se o inferno fosse um sitio frio e gelado nas profundezas de cada um? … e se o inferno existisse mesmo, e se algumas vidas fossem os infernos? … Nenhuma visão apocaliptica nascia, nem mesmo no horizonte da maré, [o mastro rangendo, como que anunciando quebrar aos sopros fortes do vento de norte, sustinha uma vela enfunada], bajulavam-se deuses sem fim, alguns carnais, outros invenções, do esforço se falava, queriam os homens alguma paz, como se depois da morte, uma luz revelasse sossego, perdão da morte, sono talvez. … De tantas guerras percorridas, de tantos amores perdidos, de tantas ilusões desfeitas, juntavam-se heróicas cicatrizes, [que o corpo guardava, quais medalhas, condecorações de sangue sugado a outros, aos mais fracos, alguns indefesos,] e, do temor pela tempestade, cantavam escondidos nas núvens invisiveis anjos e arcanjos nús, … a venda da justiça caíra. … Nas cartas de amor lidas, relidas, ficavam os odores da canela, das flores silvestres, [restava a lembrança da noite onde o suor dos corpos impregnava a cama de cetim carmesim, labaredas sem faces visiveis], sem faces visiveis. … Renasciam as piedades,as preces, renascia o medo do além, teme-se o além-mar.
[ dos sofrimentos deixados para trás em outros corpos que vagueiam sem rumo, se esqueçem os homens, imploram piedade com um sorriso.]
das viagens, e de alguns regressos
O Transversal “La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”
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