
[“-O mar o levou”]
Data 30/01/2012 20:08:03 | Tópico: Poemas
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Tantas as tatuagens na carne que o corpo pintado, a negro, se escondia sob a capa dos traços, … como o rosário do peregrino gasto pelas benevolências invocadas, aplacando iras desconhecidas, flutuava o corpo pirata do navegante nas águas quentes de uma corrente salgada. … Quis a morte solitária, jazendo no mar que o cobre como um manto de linho azul, corpo que segue as rotas das marés, e das conquistas e feitos, abrigam-se no fundo do mar, arcas, especiarias, cartas, até tridentes ferrugentos. … Chora algures uma prostituta, entre brindes carregados de vinho, “-O mar o levou”, cantará em sussurros na noite escura de uma viela escondida, amaldiçoando o sonho, amaldiçoando a paixão. … Das viagens que continuarão, sem destino, com destinos, sem remorso, com remorsos, [ou saudades, com saudades...] ilhas desertas brilharão no deserto do bravio mar, quais oásis, … e das manhãs, visões sem fim, reflexos solitários das noites intermináveis de inverno, repetir-se-ão os sons surdos das aves migratórias, repetir-se-ão as danças das baleias.
das viagens e de alguns regressos
O Transversal “La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”
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