[“-O mar o levou”]

como o rosário do peregrino
gasto pelas benevolências
invocadas, aplacando iras
desconhecidas,
flutuava o corpo pirata do
navegante nas águas quentes
de uma corrente salgada.

e do corpo que flutua no bar calmo dizemos "o mar o levou", e alguém chora algures de saudade.

Agradeço-te Poeta o comentário, as palavras, os parabéns. Obrigado.

Abraço-te

Das viagens que continuarão,
sem destino, com destinos,
sem remorso, com remorsos,
[ou saudades, com saudades...]
ilhas desertas brilharão
no deserto do bravio mar,
quais oásis,

e todas as saudades ficam, e todas as lembranças vêm ao de cima, como se tudo regressasse, sem tempo, sem pressas.

Poeta agradeço-te as palavras, o comentário, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

quais oásis,
…
e das manhãs, visões sem fim,
reflexos solitários das noites
intermináveis de inverno,
repetir-se-ão os sons surdos
das aves migratórias,
repetir-se-ão as danças das baleias.

As viagens jamais pararão, mesmo aquelas que a alma queira esquecer, mesmo aquelas em que nos queremos perder, para sempre, por um dia.

Poetisa agradeço-te as palavras, o comentário, o olhar, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

Quis a morte solitária, jazendo
no mar que o cobre como um
manto de linho azul,
corpo que segue as rotas
das marés,
e das conquistas e feitos,
abrigam-se no fundo do mar,
arcas, especiarias, cartas,
até tridentes ferrugentos.

alguém um dia escreveu que escrever será sempre um ato solitário, viajar também o será sempre, mesmo quando viajamos em nós, dentro de nós. Serão os atos mais solitários? Naturalmente que sim.

Poetisa Amiga, como responder-te? Honras-me com as tuas palavras, com o teu comentário, com as tuas observações. Obrigado.

Abraço-te

Tantas as tatuagens na carne
que o corpo pintado, a negro,
se escondia sob a capa
dos traços,
…
como o rosário do peregrino
gasto pelas benevolências
invocadas, aplacando iras
desconhecidas,
flutuava o corpo pirata do
navegante nas águas quentes

e as tatuagens que resistem ao sal, ao vento, às tempestades, cravam-se na memória, navegarão ainda mais que qualquer marinheiro, mais que a vida.

Poeta Amigo agradeço-te as palavras, o comentário, pela companhia nestas viagens. Obrigado.

Abraço-te