[esqueço-me do dia]

Data 03/02/2012 21:33:54 | Tópico: Poemas

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por vezes esqueço-me do dia
quando a noite termina,
ficando alguns pavios de vela
queimando,
tremem as cores então,
e as sombras fogem,
e escondem-se.

Fico-me no baloiçar da maré,
no pensar distante das silhuetas
deitadas uma noite a meu lado,
sem face,

brilham garrafas vazias pelo convés,
caleidoscópios coloridos,
mágicos das cores,
quais supernovas envoltas
por cristais azulados.

Por vezes esqueço-me do dia,
onde as palavras têm cores,
como as searas, como algum
arco-íris sem forma,
e o vento separa-as,
transformando-as em vida,

quando a noite termina.

Quebram-se os circulos, as visões,
destroe-se o além do mar
das latitudes,
repartem-se as longitudes em tempo,
do tempo que se quer suspenso,
[porque não parado?],

envelhece o mar, esquecem-se
saudades,
e a noite,
jamais amanhece.

Conta-me dos brilhos da noite,
enquanto me esqueço do dia.




das partidas e de alguns regressos...


O Transversal
“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”



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