Não há justificador ou é por demais evidente

Data 11/02/2012 22:34:14 | Tópico: Poemas

Há um pedaço tacanho
De mesquinhez vendida
Nas esquinas da nossa passagem

Insegurança permitida
Pela corrupção e vaidade
Que alastram velozmente
Neste pântano do ultraje

Que poderemos fazer
Contra este descambar
Que atropela tudo a eito
Fora das cores e dos sentidos
Que essa daninha raiz invoca
Com a razão que não é a sua

Nada de bom se vislumbra
Neste horizonte de actos
Onde a malícia desintegra
O cortejo da força simples
Sem pejo nem rigor
Despedaçando-a na integridade

Que nos restará no amanhã
Nesse constante apertar
Em cercos de podridão
Sem limites

Será o fim
Ou a revolta para um princípio


António MR Martins

2012.02.11



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=213881