Poemas : 

Não há justificador ou é por demais evidente

 
Há um pedaço tacanho
De mesquinhez vendida
Nas esquinas da nossa passagem

Insegurança permitida
Pela corrupção e vaidade
Que alastram velozmente
Neste pântano do ultraje

Que poderemos fazer
Contra este descambar
Que atropela tudo a eito
Fora das cores e dos sentidos
Que essa daninha raiz invoca
Com a razão que não é a sua

Nada de bom se vislumbra
Neste horizonte de actos
Onde a malícia desintegra
O cortejo da força simples
Sem pejo nem rigor
Despedaçando-a na integridade

Que nos restará no amanhã
Nesse constante apertar
Em cercos de podridão
Sem limites

Será o fim
Ou a revolta para um princípio


António MR Martins

2012.02.11


António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...

 
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António MR Martins
 
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