
DO(RM)ENTE
Data 26/02/2012 22:36:02 | Tópico: Sonetos
| E se minha alma ao compasso da carne ferve Mordo a língua em cegas tiras de inquietação Doença triste que o deserto sombrio me serve Só um corpo amorfo me cabe na palma da mão
Sou renda desafinada tentando arranhar sedas Ferida incurável em pele do(rm)ente Aos olhos em cinzas ardendo entre labaredas Quisera eu um dia neste mundo ser gente
Oh quimera ingénua, pureza de criança Entre montes e vales havia um olhar risonho Soltava-se a voz em timbre de esperança Porque é que acordei daquele belo sonho?! Arrepia-se a garganta, tenho foles nos dedos Vendaram-me os olhos, tropeço nos meus medos.
20.02.2012
http://sempapelecanetacomalmaecoracao.blogspot.com
|
|