
[que reste apenas o bater de asas dos pássaros que regressam]
Data 13/04/2012 20:40:31 | Tópico: Poemas
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Do que já não te ouço pela noite infinda, reavivam-se as cores que relembro do caleidoscópio, enquanto anjos e arcanjos disputam o bater de asas com os pássaros que regressaram pela primavera;
“- Um dia encontrarás o teu paraiso!”, por entre os caminhos de pedra banhados pelo sol que ataganta a pele, por entre os trópicos onde o sal do mar encarquilha o corpo, [escrevi algures], como se algum inferno viajasse pelas tatuagens esculpidas na pele; “- Sombras que ficaram!” dirias.
Sim, porque só o aroma a canela que se cheirava vindo de longe não nos chegava, queriamos os cheiros das tulipas, do rosmaninho, tocar a linha que o horizonte tapava com nevoeiros cerrados, assim eram os equilibrios dos bojadores longinquos de ti ou de mim, queriamos, oh... desejávamos.
Sinto a tua falta, sinto a falta dos bojadores que tracejavam o luar refletido como se tudo fosse acontecer, pudesse acontecer um dia ou uma noite,
sinto falta do que já não te ouço pela noite infinda.
[Que implodam os paraísos, os infernos, os trópicos inventados pelas primaveras em repetidos equinócios, canso-me, que implodam os anjos e os arcanjos também, que reste apenas o bater de asas dos pássaros que regressam].
Sabes, não me choro, a chuva não dá tréguas às cataratas deste mar
La Folie dos irmãos Marx.
O Transversal “La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...”
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