
as velas
Data 04/05/2012 19:22:03 | Tópico: Poemas
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… I
fala-me dos nenúfares que as núvens cobrem,
nos barcos naufragados em terra onde nasceram flores silvestres,
das cores soltas pelo pôr-do-sol que levantam alguns ventos sem direção, escondem-se outros.
[Ou...],
nessas palavras em que o verso grita sem destino, aurora seja, ou...
qual a cor do amar[?]. Pinta-o numa parede em ruínas, eu,
II
as velas libertam-se dos mastros de carvalho, regressam com as migrações das aves,
liberta-me de mim,
e envolve-me o olhar cansado, arrastado-o como num tango em circulos,
os passos tocam-se levemente, apenas levemente.
Sabes, eu nunca esqueci porque sonhava naquelas noites com o mar, era-me maremoto sem as margens que oprimiam, delimitavam.
Liberta de mim o mar que ainda me restou.
... [do ciclo dos ventos, das primaveras, de mim, talvez de ti]
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