
Adeus à ti, Ariella
Data 16/05/2012 02:15:33 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| OBS: Este texto é o último poema do meu livro "32 Meses Lutando em Nome do Amor"
I Finalmente, depois de tanto A batalha ao fim chegou, De tantos golpes que levei, A amargura me derrotou.
Cada golpe, um ferimento, Cada facada, seu preço, Quando me olho no espelho Eu não mais me reconheço.
II Lutei sempre por ti, amor, Troquei por sol a tempestade, Mas não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
Amei-te simplesmente Com toda a minha humildade; P’ra despertar o teu amor Tentei usar minha habilidade, Mas no fim não fiquei contente, Pois não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
Prometi que serias a única De agora à eternidade, Mas não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
Amei apenas a ti, meu bem, Com toda minha fidelidade, Nenhuma chegaria aos teus pés. Só tu me trarias felicidade, Porém ‘stou consciente De que não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
Em ti, vi o mais belo dos seres Com a mais complexa simplicidade, Mas não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
Tentei decifrar tua mente, Senti uma forte seriedade; Consegui ver meus herdeiros Só na tua fertilidade, Pois te vi como uma mulher decente, Mas não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
Vi na tua pele morena A mais bela tonalidade, Mas não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
Minha única mentira, um dia Foi ter dito que era amizade, Um sentimento tão magnífico Que era o amor, na verdade. Menti-te sem estar ciente, Por isso não fui o suficiente P’ra fazer tua vontade!
III Durante o tempo que te amei Jamais consegui entender Por que nunca tive uma chance De os frutos d’este amor eu colher.
Eu precisaria mudar algo? O que estava faltando em mim? Eu devia ter feito o quê P’ra de ti ter recebido um “sim”?
IV Durante nossas discussões Nunca quis te machucar; Eu fazia caras feias, Mas estava a te amar!
Poderia ter sido melhor, Meu amor por ti não teria fim, Mas não posso fazer nada mais! Escolheste outro e não a mim!
Sempre fui muito difícil, Mas não queria te chatear, Enquanto reclamava de ti Eu estava a te amar!
Só tentava achar uma forma De mexer com seu coração P’ra que morresse a amizade E brotasse em ti a paixão.
Tu sorrindo p’ra outros, Minh’alma querendo chorar, Enquanto esquecias de mim Eu estava a te amar!
Foram contigo os momentos Mais felizes do meu existir, Motivos p’ra eu viver Só tu fezest’eu sentir.
Da manhã até a noite, Da aurora até o luar, Enquanto passava o tempo Eu estava a te amar!
V Ao amar-te não tive as respostas Que de ti sempre’sperei E não fiquei indiferente, Atitudes eu tomei.
Ao ver o quanto me amavas E as chances que deste a mim, Concluí que chegou a hora, Chegou a hora do fim!
VI Eu poderia p’ra sempre amar-te, Mas incrivelmente não vou! Agora cessei de querer-te, Por ti meu encanto acabou.
Simplesmente estou cansado De correr atrás de ti, É uma pena largar-te agora, Pois foste a mais bela que vi; Mas entre todos esses conflitos, Após tantos versos escritos Finalmente desisti.
Não sei se faço o qu’é certo Ao cortar todo esse amor, Só não quero deixar-te enjoada E cansei de viver essa dor.
Não sei se foi o momento certo, Pois eu não soube a tua verdade, Creio que queiras qu’eu desista De ter contigo mais proximidade; Colocarei em minha cabeça Que desejas qu’eu desapareça E seja feita a tua vontade.
Lamento por uma coisa, apenas: Irás crescer e ficar ciente Que um dia jogou fora a chance De ser amada realmente.
Depois de perder tanto tempo P’ra o meu castelo eu construir, Após esses anos de batalha P’ra no final poder sorrir: Vejo ele fragilizado, Vejo ele danificado, Vej’o meu castelo cair.
VII Falo a ti, bela morena, Que a outra eu posso amar, Poucas são tão completas assim, Difícil é só encontrar.
O tempo pode muito variar, Talvez eu logo conheça Uma musa que me mereça, Alguém p’ra no futur’eu amar.
VIII Algo deve ficar claro: Nossa história está terminando; Infelizmente eu não cumpri O destino que tanto previ: Passar o resto da vida te amando.
Talvez um dia o destino nos una, Isso só a vida revela, Sei que a hora não é agora; Adeus a ti, Ariella!
Morrerei sem conhecer a sensação De beijar tua boca bela, Mesmo assim me apaixonei Por teu amor tanto chorei; Adeus a ti, Ariella!
Escrevo agora o fim De toda a nossa novela, Foi um prazer ter a ti como musa! Minha doce, jovem donzela; Um abraço do rapaz que te amou E que jamais te conquistou. Adeus à ti, Ariella!
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