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Adeus à ti, Ariella

 
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OBS: Este texto é o último poema do meu livro "32 Meses Lutando em Nome do Amor"

I
Finalmente, depois de tanto
A batalha ao fim chegou,
De tantos golpes que levei,
A amargura me derrotou.

Cada golpe, um ferimento,
Cada facada, seu preço,
Quando me olho no espelho
Eu não mais me reconheço.


II
Lutei sempre por ti, amor,
Troquei por sol a tempestade,
Mas não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!

Amei-te simplesmente
Com toda a minha humildade;
P’ra despertar o teu amor
Tentei usar minha habilidade,
Mas no fim não fiquei contente,
Pois não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!

Prometi que serias a única
De agora à eternidade,
Mas não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!

Amei apenas a ti, meu bem,
Com toda minha fidelidade,
Nenhuma chegaria aos teus pés.
Só tu me trarias felicidade,
Porém ‘stou consciente
De que não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!

Em ti, vi o mais belo dos seres
Com a mais complexa simplicidade,
Mas não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!

Tentei decifrar tua mente,
Senti uma forte seriedade;
Consegui ver meus herdeiros
Só na tua fertilidade,
Pois te vi como uma mulher decente,
Mas não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!

Vi na tua pele morena
A mais bela tonalidade,
Mas não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!

Minha única mentira, um dia
Foi ter dito que era amizade,
Um sentimento tão magnífico
Que era o amor, na verdade.
Menti-te sem estar ciente,
Por isso não fui o suficiente
P’ra fazer tua vontade!


III
Durante o tempo que te amei
Jamais consegui entender
Por que nunca tive uma chance
De os frutos d’este amor eu colher.

Eu precisaria mudar algo?
O que estava faltando em mim?
Eu devia ter feito o quê
P’ra de ti ter recebido um “sim”?


IV
Durante nossas discussões
Nunca quis te machucar;
Eu fazia caras feias,
Mas estava a te amar!

Poderia ter sido melhor,
Meu amor por ti não teria fim,
Mas não posso fazer nada mais!
Escolheste outro e não a mim!

Sempre fui muito difícil,
Mas não queria te chatear,
Enquanto reclamava de ti
Eu estava a te amar!

Só tentava achar uma forma
De mexer com seu coração
P’ra que morresse a amizade
E brotasse em ti a paixão.

Tu sorrindo p’ra outros,
Minh’alma querendo chorar,
Enquanto esquecias de mim
Eu estava a te amar!

Foram contigo os momentos
Mais felizes do meu existir,
Motivos p’ra eu viver
Só tu fezest’eu sentir.

Da manhã até a noite,
Da aurora até o luar,
Enquanto passava o tempo
Eu estava a te amar!


V
Ao amar-te não tive as respostas
Que de ti sempre’sperei
E não fiquei indiferente,
Atitudes eu tomei.

Ao ver o quanto me amavas
E as chances que deste a mim,
Concluí que chegou a hora,
Chegou a hora do fim!


VI
Eu poderia p’ra sempre amar-te,
Mas incrivelmente não vou!
Agora cessei de querer-te,
Por ti meu encanto acabou.

Simplesmente estou cansado
De correr atrás de ti,
É uma pena largar-te agora,
Pois foste a mais bela que vi;
Mas entre todos esses conflitos,
Após tantos versos escritos
Finalmente desisti.

Não sei se faço o qu’é certo
Ao cortar todo esse amor,
Só não quero deixar-te enjoada
E cansei de viver essa dor.

Não sei se foi o momento certo,
Pois eu não soube a tua verdade,
Creio que queiras qu’eu desista
De ter contigo mais proximidade;
Colocarei em minha cabeça
Que desejas qu’eu desapareça
E seja feita a tua vontade.

Lamento por uma coisa, apenas:
Irás crescer e ficar ciente
Que um dia jogou fora a chance
De ser amada realmente.

Depois de perder tanto tempo
P’ra o meu castelo eu construir,
Após esses anos de batalha
P’ra no final poder sorrir:
Vejo ele fragilizado,
Vejo ele danificado,
Vej’o meu castelo cair.


VII
Falo a ti, bela morena,
Que a outra eu posso amar,
Poucas são tão completas assim,
Difícil é só encontrar.

O tempo pode muito variar,
Talvez eu logo conheça
Uma musa que me mereça,
Alguém p’ra no futur’eu amar.


VIII
Algo deve ficar claro:
Nossa história está terminando;
Infelizmente eu não cumpri
O destino que tanto previ:
Passar o resto da vida te amando.

Talvez um dia o destino nos una,
Isso só a vida revela,
Sei que a hora não é agora;
Adeus a ti, Ariella!

Morrerei sem conhecer a sensação
De beijar tua boca bela,
Mesmo assim me apaixonei
Por teu amor tanto chorei;
Adeus a ti, Ariella!

Escrevo agora o fim
De toda a nossa novela,
Foi um prazer ter a ti como musa!
Minha doce, jovem donzela;
Um abraço do rapaz que te amou
E que jamais te conquistou.
Adeus à ti, Ariella!

 
Autor
Saulopenna
 
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