Lacuna na Valentia

Data 16/05/2012 03:51:17 | Tópico: Poemas


Saibas tu, que nada temo,
Por muitas coisas já passei,
Tantas dores... Aguentei,
Já conheço meu extremo.

Gosto de andar no escuro,
Não tenho medo da morte,
Não tenho crença na sorte,
Nessas ruas me aventuro.

Não tenho medo de monstro,
Não tenho medo do frio,
Não tenho medo de água,
Nem da correnteza do rio.

Não tenho medo de fogo,
Não temo nenhum ladrão,
Não tenho medo de cobra,
Nem de sótão ou porão.

Não tenho medo de morto,
Não tenho medo da vivo,
Não tenho medo de bruxa
Ou pensamento negativo.

Não tenho medo de prova,
Não tenho medo da dor,
Não tenho medo de doença,
Nem de ser um sonhador.

Jamais ligo p’ra barulho,
Não temo nem a pobreza,
Mas ao ver-te tão radiante...
Surge então, minha fraqueza.

Como dizer que sou valente
Se uma moça assim, tão bela,
Pode tanto me machucar
E fazer-me render a ela?

Conto aqui o meu segredo,
Minha triste e única dor:
Na real, meu grande medo...
É viver sem teu amor.




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