Poemas : 

Lacuna na Valentia

 
Tags:  amor    medo    valentia  
 

Saibas tu, que nada temo,
Por muitas coisas já passei,
Tantas dores... Aguentei,
Já conheço meu extremo.

Gosto de andar no escuro,
Não tenho medo da morte,
Não tenho crença na sorte,
Nessas ruas me aventuro.

Não tenho medo de monstro,
Não tenho medo do frio,
Não tenho medo de água,
Nem da correnteza do rio.

Não tenho medo de fogo,
Não temo nenhum ladrão,
Não tenho medo de cobra,
Nem de sótão ou porão.

Não tenho medo de morto,
Não tenho medo da vivo,
Não tenho medo de bruxa
Ou pensamento negativo.

Não tenho medo de prova,
Não tenho medo da dor,
Não tenho medo de doença,
Nem de ser um sonhador.

Jamais ligo p’ra barulho,
Não temo nem a pobreza,
Mas ao ver-te tão radiante...
Surge então, minha fraqueza.

Como dizer que sou valente
Se uma moça assim, tão bela,
Pode tanto me machucar
E fazer-me render a ela?

Conto aqui o meu segredo,
Minha triste e única dor:
Na real, meu grande medo...
É viver sem teu amor.


 
Autor
Saulopenna
 
Texto
Data
Leituras
1123
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
3
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Sophie_Laurien
Publicado: 16/05/2012 03:59  Atualizado: 16/05/2012 03:59
Participativo
Usuário desde: 24/04/2012
Localidade:
Mensagens: 41
 Re: Lacuna da Valentia
Olá Saulo!
Quando penso que não conseguirá fazer um mais belo que o último...
Me surpreendo!
Como já sabe,sou fã de sua escrita.
Tão doce e amável que não dá vontade de parar de ler.
E aqui comigo fica sempre o gostinho de quero mais.
Mais uma vez meus parabéns Saulo.
Por sua inspiração.
Beijos!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/05/2012 11:03  Atualizado: 16/05/2012 11:03
 Re: Lacuna da Valentia
Um poema solidão, apaixonado seu coração, lindo poema, parabéns