[… e quando mais me aproximo do mar
Data 23/05/2012 03:53:36 | Tópico: Poemas
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… e quando mais me aproximo do mar, mais me quedo moribundo de ti,
aspiro as longitudes que determinam as distâncias rectas como se o horizonte fosse apenas um ponto fixo,
e quando bebo do teu corpo qual braço de rio que me inunda, aproveitam-se as orquideas que levitam voando sem destino,
e eu, sem sentido, resto-me silencioso quando os teus gemidos janela fora se libertam.
Geme-me o silêncio de mim. Encabresta-se o corpo à dor do desígnio, como uma penitência forçada, fado que seja,
sabendo que mais de madrugada partirei,
na primeira vaga que se espraiar.
E quanto mais me aproximo do mar...
[repetir-me-ei, então, sempre].
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
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