
[ … e esconde-se o dia sem aviso
Data 26/07/2012 04:02:14 | Tópico: Poemas
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… e esconde-se o dia sem aviso mesmo que as horas o não desejem.
Porque te desejo tão pela noite?
Excelso sol de tantas cores que tapa iguais sombras, envelheço-me encarquilhando-me de sonhos perdidos, no meio de nenhures, que me desgastam das visões outrora límpidas.
Auroras outrossim de outrora. Crepúsculos outrossim de outrora.
Perco-me de mim nessas vastidões por onde te procuro,
pudesse o mar ser plano, com um suave promontório coberto das amendoeiras um dia em flor,
pudessem bonanças inundar cada palavra, adormecer-nos ao relento nas ermas ilhas de corais que se espraiam até onde a vista alcança mar,
pudesse eu despir-me do silêncio, [acendrar-me, porque não?].
Pudesse eu.
Pudesse eu, arrogar-me das visões que outrora cintilavam pelo infindo horizonte.
Sucumbo-me silenciosamente.
experimental, palavras rabiscadas numa Moleskine com prazo de validade.
Auroras outrossim de outrora. Crepúsculos outrossim de outrora. Parei-me aqui. Outrossim como igualmente a, ou da mesma maneira que. Girará tudo em volta de outrora? Não sei...
Outrossim – da mesma maneira, igualmente Acendrar – como purificar Arrojar – apoderar-se de
“Há Momentos que Resulta tão Difícil Chegarmos a um Sentimento”
“Há momentos em que do fogo sobe para a noite há momentos que resulta tão difícil chegarmos a um sentimento. Descubro uma figura que já não sei seguir. Há momentos eu vejo o que se senta à minha frente o amável corte de cabelo o severo intento tomado como correcto rosto onde a plenitude era possível. Rosto onde o passado é a tarde de verão a pequena cidade onde o sol pode dizer-se cai no campo rosto de passados ou uma tarde de verão para ter tempo.”
(in "Direito de Mentir" João Miguel Fernandes Jorge)
… [“do ciclo, as palavras não têm prazo de validade. “ Riva la filotea. La riva? Sa cal'è c'la riva?” (Está a chegar. A chegar? O que estará a chegar?)]
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