Papel de Seda

Data 31/08/2012 00:31:25 | Tópico: Prosas Poéticas

Ouço o mar lavando as pedras. Debaixo do sol, meus dedos frios escrevem recados em papel de seda. Todos os pedidos, deslizam na linha sem cerol. As certezas de menino chegam ao céu. Outras pipas dialogam com o vento, atravessam nuvens, escapam das mãos.
O sol descia de vagarosamente. Iluminava outros continentes; velhos e crianças ouviam o cantar dos galos e os estalos das manhãs.
Estrelas chegavam miúdas;atrás das montanhas, fantasmas de cavaleiros sopravam cantigas medievais.
A noite passava vagarosamente. Nos sonhos chegávamos a lugares onde não havia relógios.


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