escreve-me das marés, ou, se quiseres, das searas bordadas que depois saem do sangue

Data 20/06/2020 13:54:22 | Tópico: Poemas

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Nem
sempre era o que tu dizias. Nem sempre.
E, talvez por isso,
não me fales do anoitecer,
nem dos lodões que depois o sobem.
Faz-me, antes,
ver mais do que vejo. E se quiseres
desfaz-me o lodo marinho dos altares brancos:
desfaz-mo. E, se o desejares,
ao longo deste azeite poente que nunca nos
sai dos erros, Meu
amor





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