,sombras em desassossego

Data 20/10/2012 03:22:56 | Tópico: Poemas





Das noites minguantes que se estatelam
pelas auroras exuberantes,

reluzem sombras atávicas repetidas,
sem dor, encadeando caminhos repetidos,

algumas eclipsam-se com a luz,
outras seguem os corpos desconjuntados,
que se misturam,
que se esfolam em cada canto.

Sombras inquietas que se agregam
como colmeias,
formam buracos negros, aqui, ali,

engolindo os distraídos distantes.

Ignóbil visão refletida em espelhos quebrados
pelo rápido acordar, inconsciente,
alfa e omega que se unem,
as sombras em desassossego, sossegam por fim.

Sós.








Textos de Francisco Duarte



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=233725