,lábeis crenças

Data 29/10/2012 22:53:58 | Tópico: Poemas

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Estranho.

(I)

A porta que se abre, o som do piano
em colcheias,
sossega o silêncio presente,
perigeus pululam, não tão distantes,
e na memória alterada por acasos. relegam-se

presságios sobrevivos.

(II)

Das mulheres de negro que restaram,
por entre as procelas de tantos
desassossegados instantes,
ruem outonais náiades paradas,

esperas fatais, estáticas.

És.

(III)

Reassume-se o espaço entreaberto,
lábeis crenças
pelo tempo que se esgota, os sons
refugiam-se,
e caem as divisões antes alicerces.
Apenas és,

sediado.





Textos de Francisco Duarte



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