Bate, infame!

Data 30/10/2012 01:15:27 | Tópico: Poemas

O lápis a prender os cabelos,
distancia-se das letras,
agora desenha tetas
em círculos que nunca fecham as pontas

Nada me contes, não,
oito promessas a palavra alinhava
em língua acuminada,
enquanto eu simplesmente sorria
ao empalar-me nas ilusões.

Não foi mentira,
nem verdade.
foi a mente,
mentes.
Quando o músculo involuntariamente batia
sem nada ter com isso.

Continua a bater.

Morre o vento,
envelhece o tempo,
a pele iludida,
a pele farta da falta.

Bate, infame, bate!



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=234280