Inércia de pedra

Data 23/11/2012 21:25:53 | Tópico: Poemas


Sento-me no velho apeadeiro
onde já não passa nenhum comboio
e o silêncio repousa no musgo
que se apropriou da inércia dos carris.

O frio estira-se ao comprido
sobre a pedra dos bancos abandonados
onde a noite desenha com carvão
a locomotiva fantasma do teu rosto
a atravessar os estilhaços da memória.






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