paranã kûa

Data 22/12/2012 00:46:32 | Tópico: Poemas

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Para amar
no fim da tarde
à beira do meta-mar
tupi, Paranoá.
Lá, o sol é
amar é elo
porque
amarelo
é o elo
de todas as cores.
Longas ondas do lago
em croma
em comprimento
de onda.
O logus óptico do lago
é verde primário
num itinerário
de correnteza contida
pelas margens
do plano
da cidade asa.
Longe de casa,
como as águas do lago
vindas d'outro lugar.
O melhor milagre
do faraó jótaká.
Não andar sobre águas.
Não abrir mar.
Molhar o seco cerrado,
umedecê-lo bebedouro
do pássaro-avião.
A cidade inventada
finge-se molhada
banhada nortesul.
É o mar paranormal,
naturalmente ilegal,
é o lago.
Paranoá.

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