
,geme a ondulação
Data 23/01/2013 01:26:52 | Tópico: Poemas
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,refundem-se os ecos por entre núvens em cirros adormecidos, nesta procela sempre presente.
,os ecos presentes, agitam-se, agigantam-se.
(I)
,da afonia o grito estrebucha pelas rochas escondidas em preia-mar, qual vinho sorvido sem gestos,
dispensam-se palavras gastas, tantas as ausências
que se atravessam, breves vaus abandonados por um mar em calmarias, vazadas.
(II)
,quisera-se um dia o nevoeiro escondendo faróis, imaginados, sôfregos das inúteis salvações, naufrágios,
,quiseram-se apenas veleidades travestidas de vontades tantas,
e a vontade presente que seja absurda.
,os corpos, o mar, os náufragos, os outros,
que o outro seja, jamais um eu.
(III)
Afinal, acordo-me em sonho, rendo-me, despojo-me, desnudo-me
nesse desfraldar das velas ufanadas, aprisionadas ao estático mastro,
(IIII)
[geme a ondulação, regressa o tempo parado, presente, presente...].
... “a vida é sempre a perder, mais que uma onda, mais que uma maré” (Xutos e Pontapés “O Homem do Leme”)
Textos de Francisco Duarte
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