ao público! - crítica aberta ao texto "jaspion do nordeste", do usuário gyl, e possíveis simpatizantes

Data 27/01/2013 15:27:16 | Tópico: Textos -> Crítica

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ao público!

publicado no texto jaspion do nordeste, do usuário gyl.



tenho certa pena. por quem, com aparente ignorância autoinfligida, elogia uma birosca dessas, cujo autor é uma óbvia attention whore. tenho certa pena também do autor que, sentido, as luzes da ribalta se esparramando para outro lado do palco, luta desesperadamente para que a platéia volte a ouvir o seu monólogo, sua ladainha, suas palavras mais arcaicas que a mãe de pantanha, como que para alegar seu grandessíssimo talento que, na verdade, não passa de talento em falar tanto e não dizer coisa alguma. isso se reflete em sua possível inabilidade para responder aos comentários dissidentes, inabilidade essa que mascara com o dar-de-ombros.

"nada há mais feio que dar pernas longuíssimas a idéias brevíssimas."


que mais dizer, depois de vê-lo afirmar, numa discutível citação, que "o preconceito mora onde queremos"? nada, talvez, e estas que escrevo nem dirijo ao autor ou aos que comentam, mas a platéia em geral, aos que assistem - leia-se assistem nos dois sentidos, testemunhar e auxiliar - esse mandarim defasado.

me pergunto, e aos leitores: a que ponto chega a falta de tato, a falta de observação, a falta mesmo de vontade das pessoas aqui de ler com atenção o que aqui se escreve e de procurar um sentido além daquele superficialmente apontado? chega na esquina. na esquina onde autores precisam de maquiagem extravagante e bolsas com glíter em seus textos para chamar a atenção, verdadeiras putas da escrita. nem isso, nem putas, porque as putas ganham a vida honestamente.

é disso, senhoras e senhores, leitores incansáveis, de olhos turvos e bocas meladas de castidade, é disso que vocês mesmos se alimentam. merda. continuarão a fazê-lo, sim, porque é isso que lhes oferecem autores da lavra deste que engendrou o texto que agora comento, oportunamente. e vocês continuarão a comer porque gostam. mas isso não quer dizer que merda seja bom, por mais leite e açúcar que se lhe adicione.

abro o espaço para que vossas senhorias voltem a atenção para o que mastigam, enquanto digerem o monólogo de tão nobre ator que, ao que me parece, tem uma obra incólume e cuja reputação parece alargar através de tantos picadeiros, picardias, pícaros e outras picas que decerto virão ao seu encontro para um gran finale.


agora sim: de minha parte,


acta est fabula






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