Ninguém

Data 02/04/2013 23:05:23 | Tópico: Poemas



O poema está à tua espera
veste meias de renda, ligas
Salto alto de quem te dera
Num corpo de palavras tidas

Já lá está o teu cão filado
salivando pela tua demora
Um cego sem trela, irritado
E um puto que já namora

Chegas sem meias medidas
Despindo pela cabeça o asno
Que foste nas horas perdidas

Fica o poema assim pasmo
Cego do puto d'outras vidas
Na verdade de um orgasmo



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