
Ainda que a existência pudesse ler...
Data 12/04/2013 04:18:05 | Tópico: Poemas
| Textos são existencialistas. Para que serve o espaço? Para criar papéis em branco, reticências múltiplas de tempos não-sentidos, ou turbilhões de olhos e ouvidos?
Temos tantos papéis em tantos sentidos... Parafernália de sentidos de estar sentindo o sentido de quase tudo.
Em tão pouco tempo os papéis se tornam tempos findos, tempos nulos, templos lidos.
Chegamos ao espaço. Chegamos à caneta. A caneta imita o tempo.
Nós escrevemos nós mesmos. Inscrevemos nós mesmos onde passamos, enquanto ficamos, quando saímos, no espaço o qual se insere o tempo que ficamos idos... ou que permanecemos vivos.
Espaços são espaços escritos que nenhum tempo decifra. Que o espaço os cubra.
Quem culpará o tempo do espaço perdido? O tempo parece pathos-pó de espasmos de espaços...
Somos espaços de nós mesmos, de outros espaços, ou de tempos em branco.
Quem serão os espaços que tiram espaço dos espaços?
Que todo o vazio se esvazie de nada antes que o tempo descubra o estrago que o espaço fez no tempo.
|
|