
o que que
Data 16/04/2013 02:06:16 | Tópico: Poemas -> Minimalistas
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quando morrem as palavras na garganta não recebem funeral nem ganham vida eterna
o circo prossegue o espetáculo o palhaço-equilibrista-mágico sorri enigmático em meio ao duplo mortal vira pombo e voa
ontem o sol sorria hoje chove amanhã não importa
nas ruas os passos mal se olham pisam com convicção sobre velhas trilhas e quando param e vislumbram a sua, está apagada
que dirá a janela ao pôr-do-sol? não se despede, pois sabe de sua rotina mas range e trinca o dente
e toda essa cerca em volta dos campos não é senão uma tosse de gargante irritada e as ovelhas conhecem atalhos pra se perder
declarei minha alma em meu imposto de renda bem inalienável e imóvel aguardo uma pequena devolução
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