EXÉQUIAS NÃO SABIDO

Data 16/12/2007 12:12:15 | Tópico: Poemas -> Sociais

EXÉQUIAS NÃO SABIDO



Quereria amanhecer amanhã:
amanhã, bem cedo, se fosse possível,
para ver o fluxo da pobre gente pobre bem na sua concepção:


Concepção que ilustra os espectros privados da sobriedade d’alma.
Por isso desejaria saber como podem prosseguir
circunscritos pela cruel esquizofrenia multifacetária.


Ora gritante: tal a novela das oito;
ora intangível: como quando se é cingido pelo assombro do nada-ar
em forma de açoite; Ora ambos: quando se encontram diluídos em nossa contemporânea
[Contemporânea Sociedade de Pedra, insensível aos afagos ternos e cálidos do mar!


Quereria amanhecer amanhã:
amanhecer amanhã, bem tarde,
pra não ver o fluxo inercial da sofrida gente que passa...
[Sem nem mesmo enxergar o céu. O seu horizonte! E nele, tão sequiosamente a estar berrando, a sua voz querendo dizer a verdade... a verdade contida no bojo do âmago do mundo!




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=24811