
"cova de leões"
Data 07/06/2013 03:05:58 | Tópico: Poemas
| “Mil leões apresaste por memória; Que, aos irmãos se ajudaras na alta guerra, Se crê triunfo registrasse a história Dos fortes filhos da fecunda Terra!"
Divina Comédia, Canto XXXI, ver 118/121
Como mendigos nauseabundos se acercam da aba do [meu] casaco, estendendo [suas] imundas e esquálidas mãos em suplica tragada. São gananciosos e pecantes sem fé; [é] cobarde o espírito opaco, tentam me atrair. para veredas sem luz; longe de minha estrada.
Oh mãe! onde está o meu pai? Ele alguma vez disse: “meu filho, prepare-se para a vida.” Se viver é habitar uma cova de leões, enfrentar vorazes animais em cujos olhos selvagens soa. brilho, ao vislumbrar: terror nos olhos da presa frágil adquire galardões.
Eu sei, [meu] pai ausente; a alma dessa criatura tacanha e pequena, que preferiu ver brotarem do fundo de uma garrafa de aguardente, os carinhos. que a um filho daria, conselhos pelos quais ainda brada.
Oh mãe! onde está meu pai? Meu pai[que] me abandonou nesta arena, onde posso ser perseguido e. morto sem nenhuma defesa premente, a não ser: meus braços que sequer [ele] ensinou a brandir a espada.
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