OFICINA

Data 30/06/2013 16:56:42 | Tópico: Poemas

silêncio...

que a luz canta
boreal e as cores
soluçam silentes

a beleza prende
a garganta
estrangulando palavras
mármores
arroxeando graníticos
dizeres


o presente cala-se
raspando o cerne
polindo berço
maleável
quando a criança
é nina em colo
suspirando sono
que repuxa sorrisos

silêncio!

pra que desperte suave
e livre
na poética vindoura
sem massacres de versos
e mutilações de palavras

vestir-se-á de vestes certas
pra ser despida por
olhos apetecidos de
nuas poesias

silêncio!

um poeta
trabalha à luz
da espera.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=250835