
O Amanhecer De Um Novo Dia
Data 20/07/2013 02:07:37 | Tópico: Poemas
| E o orvalho bento perolando os lenhos... Depois os eflúvios florais feito fumaça Nevoando minhas retinas e a vidraça Onde os meus dedos faziam desenhos.
Lá fora imperando a lei livre dos ventos. Dentro de mim reinando uma melosa melancolia. Eu rabiscando o vidro com meus pensamentos Esperando o amanhecer de mais um novo dia.
Esboço um coração torto. Não gosto. apago. Tento novamente e traço agora dois corações. Borro. Refaço o traçado: Coloco dois patos no lago. Mas os patos me parecem mais com dois leões.
Ao lado escrevo o meu nome com letras garrafais. Meço e ponho dentro de um dos traços cordiforme. Erro o cálculo e percebo que dentro já não cabe mais. Por isso esboço um outro coração. Porém agora enorme.
Fico ali a rabiscar e a contar as horas uma a uma. No teto vejo uma aranha tecendo mais uma rede. Lá fora os eflúvios florais parecendo uma espuma. Enquanto isso meus dedos rabiscam agora a parede.
Na minha insonsa insônia vejo a lua machucada Como que se fosse mordida por um gigante lobo. Rio de mim mesmo e me autoproclamo de bobo Por tentar desenhar a lua na superfície caiada.
E o orvalho bento perolando os lenhos Depois os eflúvios florais feito fumaça Nevoando minhas retinas e a vidraça Onde os meus dedos faziam desenhos.
Lá fora imperando a lei livre dos ventos. Dentro de mim reinando uma melancolia. Eu rabiscando o vidro com meus pensamentos Esperando o amanhecer de mais um novo dia.
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