DRAMA(TURGO)

Data 23/07/2013 01:37:39 | Tópico: Prosas Poéticas

Hoje apetece-me cantar o teu corpo... em tons GRAVES cravando de uma forma vagabunda e minha marca PROFUNDA, e AGUDOS no seu conteúdo inquieto. Hoje, apetece-me, atear fogo ao nosso apartamento e arder naquele inferno ESCALDANTE contigo, até entrar-mos em EBULIÇÃO!

Hoje apetece-me desgastar a minha pele contra a tua e fazer da FÍSICA uma simples mistura HOMOGÉNIA em que eu e TU nos fundimos numa proveta e damos VIDA!

Hoje apetece-me TUDO o que ontem eu não VALORIZEI
(...)

E tudo o que não é meu apetecido RECAI sobre mim... uma chuva intensa, forte, lúgubre um teatro INACABADO, a fuga da personagem principal, e o roubo da BAGAGEM (aquela onde cruelmente levou o meu coração como se o caçador do conto infantil 'A Branca de Neve e os Sete Anões'... Pois também uma outra RAINHA o queria...)




E é AQUI que morro ENVENENADA como JULIETA... deixando de MIM apenas as últimas indicações cénicas:







(As luzes apagam-se decrescentemente, as cadeiras caem arruinadas. Solta-se um pó descontrolado e tão brusco que arrasca todos os vestígios) /

(As luzes voltam a acender deixando suspense e o palco está VAZIO, vazio mas pronto para a entrada de outras personagens e de outro dramaturgo)

(CONTINUA....)






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