Pelagicus Hydrobates

Data 04/08/2013 07:32:06 | Tópico: Poemas

A saudade, poço de ar interminável.
Que inquieta as artérias gordurentas da esperança
E cansa a miséria dos olhos leigos.

Saudades de ti,
Do teu cheiro que invade sem roteiros
O reino teu
No meu peito.

Saudades que nomeiam os instantes
Retratados para sempre
No amor ditador
Escravizado pelo teu silêncio

Sobrando apenas os pios sentidos das aves
Que protegem o corpo naufragado
No mar
Que busca o Tejo
Para ressuscitar nos teus braços …



" … e então o piloto, que seguia atento, no galeão silencioso, a viagem das estrelas dizia: «De joelhos, companheiros, é a alma de mestre que passa!» E todos, de joelhos, rezavam tristemente, na noite, pela alma dos pilotos mortos na viagem das Índias!"
Eça de Queirós


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