morro lentamente

Data 07/08/2013 01:43:44 | Tópico: Poemas


vejo a cadeira do futuro
mesmo ali à frente
espera que me sente
mas,não vislumbro nada
para alem dela,a cadeira.
tudo em seu redor está escuro
silencioso
não ouço aquela voz cristalina
que me sussurrava nos sonhos
os sonhos que já não tenho
corre-me na veia a inércia da ilusão
mas,não quero olhar para trás
a vida não tem marcha à ré
assimetria do presente me consome
o futuro a seu modo me abandonou
o relógio parou.o meu "eu"congelou.
morro lentamente...


ana silvestre


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=253281