erguer muros de vento e depois lembrar onde os coloquei...

Data 03/09/2013 02:18:58 | Tópico: Poemas

não conto o tempo.
pois, quem sabe onde o tempo vai?

(...) desaparece como orvalho da manhã
tal miragem afetiva
que se vai... mas está em todo lugar.

sonho pegá-lo no chão com uma espátula...
e quando o que restar for nada
fazer do nada uma casa.
erguer muros de vento
enquanto tudo se despedaça
afundando no horizonte.

cria-me asas para correr o silencio das nuvens

(e dentro de mim) num átimo de tempo
fazer um efeito de sol
contentar-me.
enquanto sou feita à sombra

sem tormento.
como se fosse corrompida pelo tempo.
na alma uma doçura que choca, veste-se, maqueia-se
(...) misteriosamente para se tornar segredo.



Vania Lopez



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