Nas Manhãs de Setembro

Data 05/09/2013 19:01:52 | Tópico: Poemas

Enquanto as manhãs ensolaradas
espreguiçam nos lençóis da noite
meus olhos noturnos visualizam
os pequenos orvalhos da saudade
deitando sobre a relva das almas
no sereno da solidão​ ​presente​.
Ao longe, um​ ​pescador ​debruçado
sob a sombra de um salgueiro​ ​centenário​
olha sua​ ​​existência renascida passar
no​s​ ​reflexos das ​águas cristalinas
diante da ​margem do rio onde
aprendeu a pescar seu alimento.
Eu tirei o meu chapéu​ ​branco
enfeitado com pequenas margaridas
​para ​saudá-l​o ​numa daquelas manhãs
​e quando ele​ se virou ​para olhar quem era
​a ​ emoção inundou os ​seu​s olhos
acompanhada por um sorriso iluminado.
​Ele pronunciou meu apelido de infância:​
- Toco!
​Depois daquele encontro existencial
​eu aprendi a pescar meus sonhos
e alimentar minha alma com sorrisos
enquanto meus pensamentos viajam
pelos caminhos eternos da esperança
de poder reencontrá-lo um dia
numa das manhãs ensolaradas de setembro.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=254861