NÃO DOMINO MEU NARIZ

Data 04/10/2013 18:05:43 | Tópico: Sonetos

Trago no olhar a bagagem que me determina,
Nada foi perdido nos destroços dum caminho,
Poucas as crendices que afetam minha sina,
Trato as minhas feridas e elimino as toxinas.

Desfraldo no horizonte todo um ser celestial,
Busco na acuidade a paridade de um imortal,
Mas sempre tenho negado o conceito divinal,
Méritos só concebidos a evoluídos espirituais.

Sem grande apego nem mesmo ao torrão natal,
Grassam em meu viver contrastes emocionais,
Chego a fase caduca com traços dum colegial.

Trajetórias são compulsivas na vida do aprendiz,
Os rumos são corrigidos mas nada do que se quis,
Depois de tantas labutas não domino meu nariz.






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