O Ser e o Nada

Data 06/11/2013 21:44:07 | Tópico: Crónicas

Nos apegamos a objetos e amuletos
supostamente sagrados.

Debaixo do sol e sob o vento, douramos as fitas coladas nas vestes, bebemos gotas de saliva santa e cuspimos nos cantos da casa. Aos pés de crucifixos de ouro, untados com óleo bento, entregamos nossas dores e ilusões.

A língua se enrosca no céu da boca; repete palavras absurdas, como se fossem mantras de salvação.

Chegamos ao fim, presos às correntes feitas com elos de vento. Somos inicio, meio e fim. Tudo nos leva a nada.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=258163