Crónicas : 

O Ser e o Nada

 
Nos apegamos a objetos e amuletos
supostamente sagrados.

Debaixo do sol e sob o vento, douramos as fitas coladas nas vestes, bebemos gotas de saliva santa e cuspimos nos cantos da casa. Aos pés de crucifixos de ouro, untados com óleo bento, entregamos nossas dores e ilusões.

A língua se enrosca no céu da boca; repete palavras absurdas, como se fossem mantras de salvação.

Chegamos ao fim, presos às correntes feitas com elos de vento. Somos inicio, meio e fim. Tudo nos leva a nada.


Poemas em ondas deslizam nas águas.

 
Autor
RaipoetaLonato2010
 
Texto
Data
Leituras
995
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
13 pontos
5
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 06/11/2013 21:53  Atualizado: 06/11/2013 21:53
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: O Ser e o Nada
Amigo Poeta
Bela reflexão! Gostei imensamente! Beijos!
Janna

Enviado por Tópico
samuelk7
Publicado: 06/11/2013 22:01  Atualizado: 06/11/2013 22:02
Da casa!
Usuário desde: 28/09/2013
Localidade:
Mensagens: 497
 Re: O Ser e o Nada
Belo pensamento caro poeta!A maioria das pessoas são muito supersticiosas!Mas sera que na fabricação desses amuletos,fitas e objetos supostamente sagrado tem algum mago ou um ser supremo abençoando esses produtos?Acho que não!Abraço


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 07/11/2013 03:59  Atualizado: 07/11/2013 03:59
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17966
 Re: O Ser e o Nada
altares de vento e rosário de pérolas
ardentes... bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/11/2013 10:52  Atualizado: 07/11/2013 10:52
 Re: O Ser e o Nada
Nessa vida nunca quere ser um todo, mais inicio de um algo (JOSÉ CARLOS RIBEIRO). Um emoionante poema