
Revolta
Data 04/12/2013 18:03:52 | Tópico: Poemas
| As vezes há exatidões que amava não ver, Nem ler, nem descrever, nem reviver; Porque acarretam destruidoras emoções. . As vezes idolatrava, ser uma árvore colorida, Para não ter esta nefasta intuição; Mas é a vida, é a vida, é a vida! A vida é uma prova, um desafio, uma desmedida tentação. . Antes elegia não enxergar nada, Muito antes, preferia refugiar-me numa ilusão. Hoje digo que estou numa cavada decepção, Uma decepção que agora não comba nada. . Estava cegada pelo jeito, Cegada pelo próprio panorama. Enfeitiçada para ver tudo perfeito, Isto sucede como o brotar da rama, Como um florescer cantante que a estação desnuda. Mas lembra-te sempre, a vida muda! . Como eu mudei, Primeiro chorei e assimilei, Depois Inovei, alterei e modifiquei; Agora estou a apreciar em silêncio. Mas quando o meu mutismo, falar; Cuidado,cuidado , tem muito cuidado! Porque ele irá escutar-se num soberbo, revoltar.
Ana Carina Osório Relvas/A.C.O.R
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