Caos Sertanejo

Data 30/12/2013 01:41:25 | Tópico: Poemas

Eu sou peão, tenho as mãos calejadas
De tanto labutar na roça, na enxada
Não para ter fartura, mas para sobreviver...

Quatro e meia da manhã o galo canta
E muita gente que nem teve janta
Com a barriga vazia chora no amanhecer...

Realidade que oprime o homem do campo
Que, sem água, não cultiva seu sustento
E deixa a família à míngua, morrer ao relento...
Lágrimas e suor são a chuva que esperam tanto!

Promessas se perdem na secura das estradas...
Sai ano, entra ano... fotografa-se idêntica miséria,
Personagens de gravata discutem assíduos a matéria
Que no papel fica impressa e não se resolve nada!




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