Poemas : 

Caos Sertanejo

 
Eu sou peão, tenho as mãos calejadas
De tanto labutar na roça, na enxada
Não para ter fartura, mas para sobreviver...

Quatro e meia da manhã o galo canta
E muita gente que nem teve janta
Com a barriga vazia chora no amanhecer...

Realidade que oprime o homem do campo
Que, sem água, não cultiva seu sustento
E deixa a família à míngua, morrer ao relento...
Lágrimas e suor são a chuva que esperam tanto!

Promessas se perdem na secura das estradas...
Sai ano, entra ano... fotografa-se idêntica miséria,
Personagens de gravata discutem assíduos a matéria
Que no papel fica impressa e não se resolve nada!


 
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imelo10
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