Supedâneo dos enforcados

Data 09/01/2008 17:55:23 | Tópico: Poemas

Supedâneo dos enforcados

Por entre a nébula que bimbalha
De inóspitas cintilações abrolha,
Amortalha a bimbalha e estraçalha
O hercúleo fazendo limiar bolhas,
Palpitações impolutas de mortalha,
Abrolha as bolhas, tolhas e acolhas
Por entre a nébula que bimbalha.

As cítaras sinistras que a ecoa
Dolentemente choram as chorosas,
Ecoa, entoa, destoa e esmoa
Ostentosamente as tão formosas
versificações consideradas atoa,
Tão chorosas as vaporosas cosas
As cítaras sinistras que a ecoa.

Nas brumas brumosas frementes,
Estóica os trêfegos desvelos
Frementes e doentes utentes,
Quais miraculosamente tê-los
Em pujança das estranhas mentes
Pelos desvelos, os belos zelos
Nas brumas brumosas frementes.



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