Hoje desabei em uma bifurcação do tempo e acordou em minhas vísceras uma dor esquecida; por um momento, fecho os olhos e apenas tento esquecer a que se abre nesta ferida.
Que sangra e jorra lama em véus de granizo em meus lábios esganiçados, apodrecidos pela luz fria da morte em vida ao despertar a minha pena nesta pocilga.
E se engasgar contínuo na loucura, serena criatura se desfaz em agonias, e disse de tudo, até do mais lindo amor, retirando da imundice uliginosa poesia.
Destes olhos que te olham como a flor que desabrocha na montanha, na alvorada, deste vício que é sonhar na madrugada com tuas carícias e delícias, meu amor.