
A Despedida pt.2
Data 19/02/2014 23:57:05 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| Chovia dentro daquele ser Mas não havia uma lágrima Nem mesmo vontade de ceder Nem nada que não se suprima
Já dentro do carro de alguém Segue toda a gente calada A sua mente estava ocupada Resposta "-as coisas não vão bem"
O jogo que estava agendado Era para ser realizado Havia tempo naqueles dias Para jogos ou outras comédias Era noite de Poker numa casa E como um pássaro ferido na asa Já que quem cala consente Diz "sim" em silencio, não mente
Chegados, e já de boas vindas acabadas Sem formalidades oferecem bebida Aceita um uísque, novo prazer da vida Juntando-se a três pessoas sentadas
Um copo de uísque limpo Sem gelo, puro, e todo o seu tempo Afoga-se sem se perder Mas bebe para esquecer
Sente agora o que sente por dentro No que de fora vem O áspero, amargo, vem lento Amassar o que a pessoa tem
A cada gole, mais um pedaço Que se desvanece Daquele sentimento outrora de aço Amor que a memória não esquece.
Massacra-se, humilha-se no seu interior Pelo falhanço que foi Por toda aquela dor E pela forma que dói.
Era já tarde E de tanto pensar A cabeça já arde E há que descansar.
E sem que ninguém se apercebesse tinha sido mais uma noitada As pessoas despedem-se E vai tudo embora de empreitada
Era o silencio que reinava Na viagem para casa Ninguém, nem uma palavra E ele de cabeça em brasa.
Despedida relâmpago De um simples obrigado Ou com o uísque ainda divago E depressa se quer deitado
Já deitado De cabeça ás voltas Uísque evaporado Pelas temperaturas altas Surge a primeira lágrima Seguida do Niágara das emoções Rebenta a confusão, é um drama Uma separação de dois corações.
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