saudade onde me faço cais

Data 09/03/2014 17:08:13 | Tópico: Sonetos




Sou barca, vogando em maré-cheia
sem destino neste monótono mar…
Barca fantasma sem rumo ou ideia,
que anda à procura sem se encontrar.

Sou barca à deriva num poema lento
olhando fins de tarde buscando certeza
uma saudade imensa e nu o pensamento,
na boca beijos a que ainda estou presa.

Remoto o tempo na distância percorrida
derradeira esperança levo ingenuamente!
Não paro que o tempo me leva de vencida

Navego neste mar… Onde não sou mais
nem onda, ou maré, ou sequer corrente
apenas saudade onde me faço cais…


natalia nuno
rosafogo



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