Sonhos e Esperma

Data 30/03/2014 14:47:53 | Tópico: Poemas

Amaram como amigos,
Como meninos,
Sabedores da fugacidade do impalpável.
E por sabê-lo, por reconhecê-lo,
Deixaram seus corpos à margem,
Livres e incoerentes para nascer
Em qualquer manhã sem prestígio.
Negaram sínteses e predicados.
Eram expedicionários do insignificante,
Além das nomenclaturas,
Aquém de relógios e explicações.
E por amar, singelos profanos,
Voltaram meninos, correndo, travessos,
Entre folhagens de um jardim libertino.

Acordaram cheirando à sonho e esperma.




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